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"Raízes no passado, sementes para o Futuro"

por Vanna Dulac

"O Sábio é sempre capaz de enxergar as coisas não como aparentam ser, mas sim como elas realmente são". Com essa frase o escritor Cláudio Crow Quintino começa o texto que fala sobre a grandiosidade e a magia das árvores, e de como os Celtas respeitava e cultuava as mesmas. Eles até a criaram um alfabeto baseado nelas, o Ogham, onde cada letra representa uma árvore e era um tipo de linguagem especial, utilizada somente em rituais e oráculos.
Segundo uma lenda celta a Bétula é descrita como o centro do universo. Ela une os três mundos das cosmologia celta: o físico, o inferior (dos ancestrais e deidades da Terra) e o superior (das grandes forças criadoras e destruidoras da natureza). Não é à toa que essa árvore é justamente a primeira letra do alfabeto Ogham.

E então, será que as árvores são mesmo evoluídas? Vamos ver: elas conseguem sobreviver sem precisar se mover, se utilizando para tanto somente elementos básicos da natureza como água, gases e luz solar. Sintetizam seu próprio alimento sem a ajuda de ninguém, filtram o ar e ainda oferecem abrigo, sombra e alimento a quem precisar. E mais, elas vivem por anos, décadas e às vezes séculos...ou seja, é muita sabedoria acumulada ao longo da vida de uma árvore. Para mim elas são sim, místicas, evoluídas, sábias e sagradas sim! E aí, alguém discorda? Os Celtas com certeza não!

Então é isso, a última dica, também extraída dO Livro da Mitologia Celta, do Cláudio Crow Quintino: Da próxima vez que passar por uma árvore sinta toda a sua energia, converse com ela. Você pode até não entender o que ela te fala, mas ela certamente te entenderá!

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